terça-feira, 9 de junho de 2020

Entendendo a poesia


            Qual a diferença entre poesia e poema?
            Quem faz poesia?
             Poesia é feita pelo músico, dançarino, artista plástico, artesão, marceneiro, escultor, ator, a natureza, paisagista e por tantos outros artistas, inclusive pelo poeta.
             Encontramos poesia na arte, na música, no silêncio, em belas paisagens, na vida. Ela está na bela pintura, nas peças artesanais, na melodia da canção, no gingado da dança, numa escultura, nos detalhes da construção, no sorriso da criança, mas, também se mostra no raiar de um novo dia, no murmúrio do riacho, no brilho das estrelas, num dia de sol, ou de chuva, num jardim florido e no poema.
             Poesia é tudo aquilo que se mostra belo diante de nós e que nos encanta. Poema é uma pequena parte do conjunto que forma o todo da poesia. Ela é esse mundo maravilhoso e inigualável que dá sentido à vida. Sem ela, a poesia, certamente a vida perderia a graça e o mundo parte de sua cor.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Enganos

Quando a utopia te guia
vives o mundo da ilusão
por não saber como seria
amor verdadeiro no coração.

Se o amor te alcançar
não mexa com este sentimento,
não sejas varrido pelo vento
sem tempo para recomeçar.

O desejo seguido de paixão
faz doer o coração
no momento da despedida,
enlace de vida perdida.

Amor é sublime, gentil,
sentimento nobre, eterno.
Paixão é dominante, febril,
chega e parte com um sopro.

Paixão pode virar amor,
amor jamais vira paixão.
Amor é amor,
paixão é paixão.
Rudimar Hauenstein

domingo, 8 de setembro de 2019

Minha terra




Trigueira flor de jardim
de pétala miscigenada,
despertas hoje em mim
efusivo sentimento,
ao chorar o meu lamento
com aroma de jasmim.

Da terra de onde vim
as estrelas brilham mais,
são olhos angelicais
do céu sorrindo pra mim.
Ao me ver em noite escura
me aquentam com ternura.

A distante invernada,
tingida de lua prateada
perpetua nosso enlace.
Os seus raios desse jeito,
fazem doer no meu peito
a saudade que renasce.

Assim, a vida trigueira,
emoldurada por pirilampos
ao sombreado da figueira,
põe assas aos pensamentos
recordando por momentos
o encantamento dos campos.

Ao sul do meu Brasil
entre vales e montanhas,
doída ânsia juvenil,
meu coração se acalma
ao reportar minhas façanhas
anistiando a minha alma.

Rudimar Hauenstein

sábado, 29 de junho de 2019

Madrugada

Na vastidão infinita,
estrelas cintilantes
enfeitam o firmamento.

Vaga-lumes eternos
refletem da alma
 a imagem
largada e solitária
de um coração
 que chora a amargura
 da vida vazia.

Perdido, ferido,
rasga madrugadas
à tua procura.

Despido do véu
 eleva olhar ao céu.
Espelhos da alma
buscam na imensidão,
na estrela de luz própria,
o fim da desventura,
 a cura da solidão.

Rudimar Hauenstein